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A menina do fim da rua - 1976



Em A menina do fim da rua temos uma Jodie Foster com apenas seus 14 anos: ela é Rynn Jacobs, uma típica solitária ninfeta que vive reclusa em uma casa afastada da cidade.

Fuma haxixe, pagã e tem coração endurecido. Nutre uma paixão por ler livros de Emily Dickinson ou Agatha Christie, é viciada na sinfonia de Chopin. Sincera, hiperdinâmica, extrovertida. Quase uma Lolita com verve intelectual, esnobe e ácida-irônica. Seu cotidiano misterioso: a constante ausência do pai, um suposto escritor que nunca está presente, concebe uma certa desconfiança na vizinhança - principalmente de um sujeito que habita do outro lado da rua, Frank Hallet (Martin Sheen) fixa obsessão sexual em Rynn. Seria ela apenas um objeto de desejo?

Eis o conflito: a pedofilia entra em forte argumento no filme. Rynn tem que lidar com a habilidade de manter seus misteriosos segredos, sempre velados no interior da sua casa. Constantemente, além disso, confronta com as investidas indesejáveis de Frank - a todo custo, ele quer possuí-la sexualmente, exercer seu comando sobre a garota, forçar um contato mais íntimo. O conflito impera quando Frank passa assediá-la perigosamente e, inesperadamente, Rynn se envolve num complexo jogo criminal, pois provoca acidentalmente a morte de uma pessoa.

A direção de Nicolas Gessner é realista, objetiva. O roteiro é um exercício da prática da sexualidade juvenil, dos tabus segredados, da perversão masculina. Em 1976, no ano de lançamento, imagine a polêmica da abordagem contundente? O suspense consiste na pedofilia, mas é acentuado pelo teor dramático das situações humanas personificadas pelos personagens. Rynn é malvada, dissimulada, calculista - mas, sua fragilidade é um aliado para a sua personalidade ora infantil, ora carinhosa.

Eis a contradição: ela tem repulsa e desejo pelo vizinho pedófilo. E ainda mantém uma amizade com o atencioso Miglioriti (Mort Shuman). A fotografia do filme tem cores frias, tons cinzentos que se contrapõe com a cor dos cabelos loiros de Rynn. Como viver imerso no perigo da mentira? A trilha sonora incidental é melancólica, acentua um certo tom nostálgico e estranho do filme. A trama é bastante escabrosa, há diálogos densos e intrigantes, típica abordagem controversa. Seria o vizinho um sexofilista (indivíduo que pratica a fruição desordenada, promíscua ou aleatória do sexo)? Ou apenas um imoral insano? O filme exerce essa relação da repressão sexual e da libertinagem, da falta de discernimento e também da manipulação da sensualidade. Observem o desempenho de uma Jodie Foster, altamente inspirada como a pequena infame.

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Autor:Admin
Paranaense nascido nos anos 70, Eliazer Raizel � fundador do Templates para Blogger e residente em Londres - Inglaterra. Tamb�m � professor de Teologia pela Universidade JWBible College em Londres, Agente de Viagens e no tempo que sobra durante as muitas atividades � Blogueiro

2 comentários:

  1. A menina não fuma , ela disse isso para impressionar Mario o magico.No livro ela não tem nenhum contato fisico ou se quer gosta do pedófilo, ela faz tudo para ignora-lo, ela o despreza. Ela não matou por acidente, sabia o que estava fazendo.Ela matou a mãe dela, a dona da imobiliária que alugou a casa para seu pai e o pedófilo.Colocava veneno no chá e oferecia biscoite de amendoas, assim ela matou as pessoas.No livro não se fala em sexualidade juvenil, nada haver....o filme e bem diferente do livro que li...

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  2. Não conhecia nem o filme nem o livro, vocês saberiam dizer se foi devido a essa interpretação da Jodie Folster que possibilitou que ela interpresse a prostituta mirim em Taxi Driver, que também é de 1976?

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Traduzido por: © Templates para Blogger Gaming